Desde outubro a Meta, gigante de tecnologia detentora de serviços como Facebook, Instagram e Whatsapp, sofre uma ação conjunta de 33 estados nos Estados Unidos por violações de privacidade de seus usuários.
Uma queixa recente revela que a empresa não apenas está ciente de que crianças menores de 13 anos utilizam suas plataformas, o que vai contra os seus prórios termos de serviços em muitos países, como também “cobiçou” e “perseguiu” esse grupo demográfico por anos no Instagram.
A reportagem é do The New York Times, e diz que a Meta é desonesta há muito tempo na forma como lida com contas de menores de 13 anos quando são descobertas, muitas vezes comunicando que vão desativá-las, porém continuam a coletar os seus dados.
A queixa apresentada na última quarta-feira revela, ainda, os argumentos inicialmente redigidos pelos procuradores no processo original, quando protocolaram o mesmo no Tribunal Federal da Califórinia no último mês. Contas de menores de 13 anos são um “segredo aberto” na companhia. Embora as políticas dos seus serviços deixem claro os requisitos para se inscrever, as crianças podem facilmente mentir a sua idiade, algo que diz o processo que a “Meta pouco faz para impedir”.
De acordo com as informações ainda contidas no processo, entre 2019 e 2023 a Meta recebeu mais de 1,1 milhão de denúncias de usuários menores de 13 anos no Instagram, porém desativou apenas uma fração deste número, e continou a coletar dados destes menores sem o consentimento de seus pais.
Além disso, a denúncia também discorre sobre violações constantes as leis de privacidade das crianças na internet, manipulando os jovens a permanecerem mais tempo utilizando os aplicativos, promovendo dismorfia corporal e expondo a conteúdos potencialmente prejudiciais.
Cabe ressaltar que a Meta publicou, no início deste mês, um apelo para que legisladores dos Estados Unidos atribuam mais responsabilidade aos pais quando se trata de downloads de aplicativos por menores de idade. Antigone Davis, chefe global de segurança da Meta, propôs a exigência de que os pais tenham poder de aprovação sobre downloads de aplicativos para crianças menores de 16 anos.
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